Autor: Anna Beatriz Cunha / Fotos: J.P. Engelbrecht
A Prefeitura do Rio inaugurou, na manhã deste domingo (29/12), o reservatório da Praça da Bandeira, que vai minimizar os transtornos causados pelas fortes chuvas no bairro. O reservatório, que começa a operar hoje, é o menor dos reservatórios previstos para serem construídos na região, tem 20 metros de profundidade útil e 35 metros de diâmetro.
– Essa inauguração é uma prova de que as coisas estão caminhando bem. É uma obra complexa que a cidade demandava há muito tempo e que estamos fazendo para o Rio. Óbvio que ele já vai minimizar o problema, mas essa situação da Praça da Bandeira só vai estar resolvida quando a prefeitura terminar todas as obras – disse prefeito Eduardo Paes.
Esse “piscinão” representa a entrega da primeira etapa das obras, que prosseguem nos reservatórios das praças Varnhagen e Niterói, além do desvio do Rio Joana. A capacidade deste primeiro “piscinão” é suficiente para comportar 18 mil caixas d’águas de 1 mil litros, ou seja, 18 milhões de litros de água serão reservados nele e deixarão de contribuir para alagamentos nas pistas. Toda a água que passa pela rede de águas pluviais do entorno da praça seguirá para o reservatório e, conforme a capacidade da rede de drenagem, os volumes serão liberados por bombeamento.
O monitoramento das bombas hidráulicas será feito pelo Centro de Operações Rio e seu acionamento ocorrerá de forma automática. Conforme o nível de água no “piscinão”, as três bombas serão ligadas de maneira gradual. As condições no interior do reservatório e dos rios que passam pela Grande Tijuca também serão acompanhadas pelo Centro de Operações, assim como acontece com os demais rios da cidade.
A praça continuará sendo usada como um canteiro de obras que dará suporte às construções dos demais reservatórios, enquanto o primeiro “piscinão” concluído operará normalmente. Ao término de todas as obras, a Praça da Bandeira será reurbanizada e devolvida à população. As históricas enchentes na Grande Tijuca terão fim com todo o sistema concluído: os reservatórios e o desvio do Rio Joana.
Os “piscinões” servirão para reservar a água da chuva de eventos intensos, acumulando os volumes e amortecendo os picos das vazões (volume/tempo), evitando transbordamento de rios e enchentes. A água será liberada de forma controlada para rede de drenagem e cursos d’água, retardando a ida dos volumes para a parte baixa e impedindo os alagamentos.