
Piscinões da Grande Tijuca, desvio do Rio Joana, naturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas e primeira fase das obras em Jardim Maravilha são algumas das realizações

Nesta segunda-feira, a Fundação Rio-Águas completa 27 anos que foi criada, pela Lei nº 2.656 de 23 de junho de 1998, com a missão de atuar no combate às enchentes e alagamentos no Rio. A história do órgão, que se tornou referência nacional e internacional em controle de enchentes na cidade, começou anos antes, em 1996, quando a região de Jacarepaguá foi atingida por uma forte enchente.
Esse marco trágico foi o início do debate sobre a necessidade da Prefeitura do Rio contar com um órgão voltado para Drenagem Urbana e Saneamento e que resultou na criação da fundação com esta expertise, em 1998.
De lá para cá, obras emblemáticas saíram do papel e trouxeram mais resiliência para a cidade quanto às chuvas. Destacam-se os reservatórios da Grande Tijuca e o desvio do Rio Joana, que inclui um dos maiores túneis de drenagem em área urbana do país. Essas intervenções realizadas pela Rio-Águas deram solução às históricas enchentes da Praça da Bandeira, que no passado era o ponto de alagamento mais emblemático da cidade.
Desde 2021, a Fundação concluiu mais de 50 obras de drenagem e infraestrutura no município. O montante incluiu a primeira fase das obras de urbanização do Bairro Maravilha no Jardim Maravilha, na Zona Oeste, que foi entregue em março deste ano. Com um investimento de R$ 50,9 milhões, a intervenção contemplou infraestrutura de drenagem, redes de esgoto e abastecimento de água, além de pavimentação e calçadas com acessibilidade em 27 ruas do bairro, beneficiando milhares de moradores.
Outra localidade beneficiada com obras de urbanização foi a Comunidade do Rollas, em Santa Cruz, onde 62 ruas passaram por uma transformação, recebendo infraestrutura, pavimentação e passeio, que foram também entregues este ano. Ao longo de sua história, a Rio-Águas realizou diversas obras em parceria com o Governo Federal, que levaram urbanização para dezenas de outras ruas em Sepetiba, Santa Cruz e Guaratiba, desde 2007.

Nos últimos anos, projetos voltados para drenagem sustentável passaram a fazer parte do portfólio da Fundação, que incluíram alternativas como jardins de chuva, áreas verdes e áreas inundáveis servindo como reservatórios. Um exemplo de uma iniciativa que se consolidou foi o Projeto de Naturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas, concluído no ano passado. Fruto da parceria da Fundação Rio-Águas com a Subprefeitura da Zona Sul, sob a coordenação técnica do biólogo Mario Moscatelli e sua filha, a paisagista Carolina Moscatelli, a naturalização contemplou a soma de 2.500 metros quadrados de área que foram devolvidos à Lagoa, na altura dos parques do Cantagalo e dos Patins. A criação destas duas áreas naturalizadas promoveu o aumento da lagoa e de sua biodiversidade.
A Fundação ainda participa de parcerias internacionais, que desenvolvem projetos para aprimorar a resiliência da cidade quanto a eventos extremos, com instituições como a Nasa, a rede C40 e a Deltares, da Holanda. Entre os próximos desafios, está a segunda fase de obras em Jardim Maravilha, que avança com os trâmites administrativos junto ao Governo Federal, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).